
A vida do homem na terra encontra-se subordinada à lei da impermanência.
A existência humana é tão transitória quanto as nuvens de outono. Observar o nascimento e a morte dos seres é como olhar para os movimentos de uma dança. O tempo de uma vida é o clarão de um raio no céu. Correndo à pressa, como uma corrente numa íngreme montanha.
A existência do homem, no dizer do jusfilósofo Norberto Bobbio, está voltada para o mundo da memória. Afinal, somos aquilo que pensamos, amamos, realizamos e lembramos. A lembrança, portanto, passa a ser o último guardião de uma vida. Onde estarão os amigos com que crescemos, os medos da infância, os pontos de vista e opiniões que defendemos com tanta paixão na juventude?
Devemos estar aqui para recordar, para lembrar, para fazer vir à memória a vida de cada rotariano. Pois cada um de nós tem sua personalidade, sendo unidos pela vontade de servir, com um companheirismo sadio.
Machado de Assis, em Esaú e Jacó, observou que “o tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo: uma flor, um pássaro, uma dama, um castelo, um túmulo”, não importando, como disse Mário Quintana, que a vida seja um incêndio, se a chama foi bela e alta.
Recordar é testemunhar para a história os fatos, os atos, a conduta dos homens, a fim de que as novas gerações possam trilhar o seu caminho e enfrentar os desafios vindouros.
A história é a testemunha dos tempos e Rotary tem cumprido o seu tempo. Companheirismo e serviço, são as duas chaves mestras do nosso corporativismo.

Texto - Eduardo Mayr
Associado Honorário do Rotary Club de Copacabana
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